Pet shops retiram petiscos contaminados da marca Bassar em Campo Grande

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Pet shops e lojas de ração da Capital retiraram das prateleiras todos os produtos da marca Bassar Pet Food, após suspeitas de contaminação de petiscos e morte de, pelo menos, nove cães em Minas Gerais e São Paulo.

Nos alimentos de uso higiênico, específicos para cães, foi constatada a presença do componente químico e venenoso, monoetilenoglico, mesma substância encontrada no episódio de intoxicação de cervejas da Backer, em 2020, que vitimou dez pessoas e  deixou dezenas de sequelas em outras 16.

Os produtos já identificados pela perícia feita em Minas Gerais, com o químico, são os petiscos da linha Every Day, sabor fígado (lote 3554), o Dental Care (lote 3467) e Petz Snack Cuidado Oral.

Entretanto, como medida de segurança, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, (MAPA), determinou o recolhimento nacional de todos os lotes de petiscos da marca, sob a suspeita de contaminação por substâncias tóxicas.

Em resposta ao Correio do Estado, a loja Petz, uma das revendedoras dos produtos da Bassar Pet Food em Campo Grande, informou que os itens já foram retirados das prateleiras e estoques das unidades e anunciou que os clientes que compraram os itens para os animais poderão trocá-los. “Quem tem pode vir até a loja e fazer a troca.”, pontuou uma das funcionárias.

A empresa Bassar Pet Food comunicou que já interrompeu a produção de sua fábrica até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes dos produtos.

“De modo preventivo, a companhia já estava recolhendo os lotes de duas linhas de alimentos, mas procederá agora ao recolhimento de todos os produtos da empresa nacionalmente, conforme determinação do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento”, esclareceu.

A Bassar evidenciou que ainda não teve acesso ao laudo produzido pela Polícia mineira, mas está colaborando totalmente com as autoridades desde o início dos relatos sobre os casos. A empresa enviou amostras de produtos para institutos de referência nacional para atestar a segurança e conformidade de seus produtos sob investigação”, disse em nota.

Mortes

Até o momento foram confirmadas nove óbitos de cães relacionadas à ingestão dos produtos da marca. Segundo a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo caso em Minas Gerais, foram seis mortes em Belo Horizonte, uma na cidade de Piumhi, no Centro-Oeste de Minas Gerais, e duas em São Paulo.

De acordo com portal G1 Minas, há outros seis casos suspeitos de cachorros contaminados na capital mineira e dois em Goiás.

Ainda em nota a empresa ressaltou que está solidária com todos os tutores de pets e que está aguarda o esclarecimento dos fato. Além disso, a companhia e ofereceu o e-mail sac@bassarpetfood.com.br para que os consumidores tirem dúvidas. “A empresa vem tomando todas as providências para investigação dos fatos”, concluiu.

Substância

O monoetilenoglicol é utilizado em diversas formulações de fluidos hidráulicos resistentes ao fogo, óleos para usinagem, defensivos agrícolas, extração de solventes, além de ser utilizado como anticongelante.

O componente foi uma das substâncias tóxicas encontradas na cerveja Belorizontina, da Backer, em 2020.

O produto faz parte da mesma “família” do dietilenoglicol, também encontrado na bebida, e responsável pela intoxicação de 29 pessoas, dez delas morreram e 16 ficaram com sequelas.

Dez pessoas são rés no processo pela intoxicação. Após dois anos, no dia 23 de maio de 2022 começaram, em Belo Horizonte, as audiências de instrução e julgamento do caso Backer.

 

Fonte/créditos: https://correiodoestado.com.br (NATÁLIA OLLIVER)

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