A coleta domiciliar de dados do Censo Demográfico 2022 começou nessa segunda-feira e, no segundo dia de coleta, os recenseadores contam os desafios do trabalho.
Realizado porta a porta, muitas pessoas tem receio de receber o recenseador em casa e responder perguntas com dados pessoais.
Desta forma, eles pedem a colaboração da população.
O IBGE já divulgou informações sobre como constatar que o recenseador se trata de fato de profissional contratado pelo instituto.
No entanto, também há o lado bom, segundo os profissionais. Eles relatam terem sido bem recebidos na maioria das casas.
O recenseador Denis Feres Braga é um dos profissionais que está trabalhando no Censo em Campo Grande.
“É importante ressaltar que a gente espera que a população nos receba. Pela importância do Censo, a gente tem um prazo para realizar esse trabalho e a gente conta com a colaboração de toda a população pra que a gente consiga de fato cumprir esse desafio dentro desse prazo de três meses”, disse.
“A gente fala que sempre que tiver em dúvida a respeito da identidade do nosso recenseador, para verificar se ele tá de colete, com crachá, boné, o equipamento do IBGE”, acrescentou.
O recenseador diz ainda que é normal as pessoas ficarem com dúvida sobre a veracidade do trabalho e que é importante verificar a identidade junto ao IBGE.
Já a recenseadora Adriana da Silva Chaves ressalta que foi bem recebida no primeiro dia de trabalho.
Ela afirma que o treinamento é diferente do trabalho em campo e que ficou ansiosa, pedindo paciência também para os moradores.
A profissional explicou que os horários são flexíveis, podendo ser realizado em feriados e fim de semana, já que é necessário entrevistar a pessoa no local de residência e, por este motivo, também ressaltou a importância do atendimento.
Censo 2022
Em Mato Grosso do Sul, serão visitados cerca de 900 mil domicílios, sendo 290 mil em Campo Grande.
Conforme o IBGE, a expectativa é contabilizar aproximadamente 2,9 milhões de habitantes em todo o Estado.
Para isso, 2,5 mil recenseadores foram contratados e percorrerão os endereços, de porta em porta, a partir desta segunda-feira (1º).
O Censo é realizado nas áreas urbanas, rurais, localidades quilombolas e terras indígenas.
No Censo 2022, há dois tipos de questionário: o básico, com 26 quesitos, leva em torno de 5 minutos para ser respondido.
Já o questionário ampliado, com 77 perguntas e respondido por cerca de 11% dos domicílios, leva cerca de 16 minutos.
A seleção da amostra que irá responder o questionário ampliado é aleatória e feita automaticamente.
O questionário básico traz os seguintes blocos de perguntas: identificação do domicílio, informações sobre moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação, rendimento do responsável pelo domicílio, mortalidade.
Já o questionário da amostra, além dos blocos contidos no questionário básico, investiga também: trabalho, rendimento, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade,religião ou culto, pessoas com deficiência, migração interna e internacional, deslocamento para estudo, deslocamento para trabalho e autismo.
O IBGE também solicita os dados da pessoa que prestou as informações, como nome, telefone, e-mail e CPF.
Conforme o IBGE, todas as informações coletadas são confidenciais, protegidas por sigilo e usadas exclusivamente para fins estatísticos.
Como identificar os recenseadores
De acordo com o IBGE, as informações coletadas pelo instituto são de caráter confidencial e protegidas por sigilo.
Em uma tentativa de auxiliar a população, o IBGE orienta sobre como identificar os recenseadores e evitar eventuais contratempos.
Os profissionais usarão um boné do Censo e um colete do instituto.
O colete terá um crachá de identificação exposto na parte frontal, à esquerda para quem observar a peça de frente.
Além disso, os agentes contarão com um DMC (dispositivo móvel de coleta), o equipamento eletrônico que registra os dados das entrevistas.
Fonte/créditos: https://correiodoestado.com.br (GLAUCEA VACCARI , LEO RIBEIRO)