Após longa estiagem, chuva melhora qualidade do ar e há alerta de tempestade

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Após quase 30 dias sem chuva, as precipitações ocorridas em Mato Grosso do Sul, neste domingo (7), foram suficientes para elevar a umidade relativa do ar, melhorar a qualidade de respiração e provocar leve queda nas temperaturas, de acordo com o meteorologista Natálio Abrahão.

Em algumas regiões de Campo Grande, a chuva começou por volta das 18h30min deste domingo (7).

Em outros pontos, começou às 22h20min e foi até 1h50min da madrugada. Houve 47 raios e os ventos atingiram 48 km/h na Capital.

Com duração de sete horas de chuva fraca e acumulado de 6,3 milímetros, a umidade relativa do ar saltou de 20% para 92% em Campo Grande.

Nesta segunda-feira (8), o dia amanheceu com céu nublado e voltou a chover no meio da manhã.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) tem dois alertas vigentes, classificados como perigo e perigo potencial, de chuvas intensas e tempestade.

Conforme o alerta, entre hoje e amanhã, há risco de chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos entre 60 e 100 km/h e queda de granizo.

Também está prevista uma queda na temperatura, com termômetros podendo registrar a mínima de 8°C na quarta-feira.

Quanto a umidade relativa do ar, o índice indicado é de 60% ou mais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nos últimos dias, o Estado chegou a registrar índice semelhante ao deserto, de 12%, prejudicial à saúde.

Umidade relativa do ar é a quantidade de água em forma de vapor dispersa pelo ar. O instrumento utilizado para medir a umidade é o higrômetro.

Abrahão afirmou ao Correio do Estado que por mais que a Capital tenha ficado quase um mês sem chuva, não houve chuva ácida.

“Não houve chuva ácida. Para ocorrer precisaria da presença de componentes químicos sulfurosos, proveniente de queimadas inorgânicas ou de fumaça de fábricas de componentes químicos” explicou.

Outros municípios de Mato Grosso do Sul também registraram precipitações, de acordo com Abrahão. Confira:

Cidade Quantidade de chuva
Iguatemi 19 mm
Mundo Novo 23,2 mm
Três Lagoas 5,2 mm
Água Clara 8,2 mm
Ribas do Rio Pardo 4,8 mm
Campo Grande 6,3 mm
Ponta Porã 5,4 mm
Bela Vista 3,0 mm
Maracaju 2,2 mm
Corumbá 0,2 mm
Aquidauana 1,6 mm
São Gabriel do Oeste 2,8 mm
Camapuã 4,8 mm
 Bandeirantes  1,8 mm
 Dourados  19,3 mm
Rio Brilhante 2,0 mm

Uma massa de ar quente e seca estava sobre o Estado, provocando altas temperaturas, ausência de chuvas, sol, céu limpo, tempo firme e umidade do ar baixíssima.

Campo Grande estava há 27 dias consecutivos sem chuva. A última fez que choveu na Capital foi em 12 de julho de 2022. Termômetros bateram 30ºC em praticamente todo o mês de julho, em pleno inverno.

No dia 4 de agosto de 2022, Coxim registrou a menor umidade do ar do País e semelhante ao deserto africano do Saara (10%-15%).

O clima seco é típico da estação de inverno, que começou em 21 de junho e terminará em 22 de setembro de 2022.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o calor intenso e contínuo registrado em Mato Grosso do Sul, em plena estação de inverno, se dá em razão do fenômeno Lã Niña.

O meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Ernesto Alvin, afirmou ao Correio do Estado que o fenômeno Lã Niña causa tempo seco, clima quente e chuvas abaixo da média na região Centro-Oeste, onde Mato Grosso do Sul está localizado.

O prognóstico de inverno do meteorologista Natálio Abrahão apontou temperaturas acima do normal entre junho e agosto e tempo seco, sem perspectiva de chuva, entre julho e agosto.

 

Fonte/créditos: https://correiodoestado.com.br (NAIARA CAMARGO)

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