Cachorros-vinagres são vistos em Três Lagoas; espécie está ameaçada de extinção no Cerrado

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Câmeras de monitoramento instaladas de forma estratégica em toda extenção do Parque Municipal do Pombo gravaram imagens de dois cachorros-vinagres do mato. O registro raro na reserva foi feito pela equipe do Instituto Tatu Canastra

Considerado um animal em vulnerabilidade (UV), ou seja, que enfrenta um grande risco de extinção na natureza, o “primo” dos lobos-guarás, o cachorro-vinagre é considerada uma das espécies mais raras do Brasil na família dos canídeos.

Na família dos Canídeos, também são encontrados raposas-do-campo e cachorros-do-mato. Entre os parentes, o cachorro-vinagre é uma das espécies mais raras do Brasil e está ameaçada de extinção. A dificuldade de contato com ele resulta em grandes lacunas no conhecimento de sua distribuição geográfica e de seus hábitos.

De acordo com dados do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (ICMBio), a população dessa espécie no Cerrado tem uma probabilidade de 100% de estar extinta em 100 anos, sendo as principais ameaças o desmatamento, queimadas, atropelamentos, caça de suas presas (como a paca) e a infecção por doenças transmitidas por animais domésticos, como raiva e sarna.

No dia 07 de junho de 2022, o Ministério do Meio Ambiente publicou a Portaria MMA nº 148, que atualizou a lista oficial das espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção, e é visto que o Cachorro-vinagre ainda conta na lista de espécies vulneráveis.

Preservação

O Plano de Ação Nacional para a Conservação do Cachorrovinagre (PAN Cachorrovinagre) pretende “reduzir a vulnerabilidade da espécie ampliando o conhecimento aplicado à sua conservação e a proteção de hábitats adequados, diminuindo a remoção de indivíduos e melhorando o estado sanitário das populações” conta com objetivos específicos e ações para minimizar ou reduzir os problemas e as ameaças que a espécie sobre.

Entre os objetivos é destacado que é necessário ampliar o conhecimento aplicado a conservação do cachorro-vinagre; aumentar a proteção e conectividade dos hábitats remanescentes para o cachorrovinagre, em todos os biomas de ocorrência da espécie; avaliar e suavizar o impacto da degradação de hábitats sobre as populações de cachorro-vinagre; e diminuir a perda de indivíduos da espécie na natureza, especialmente relacionadas à interação direta com homem e cães domésticos.

 

Fonte/créditos: https://correiodoestado.com.br (BEATRIZ FELDENS)

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