Elevação do dólar pesa no bolso dos sul-mato-grossenses e encarece produtos do dia a dia

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Moeda americana em alta afeta desde combustíveis até alimentos básicos

A recente alta do dólar tem gerado impactos diretos no dia a dia dos sul-mato-grossenses, tornando produtos e serviços mais caros. A valorização da moeda americana influencia desde os preços dos combustíveis até os alimentos básicos, afetando principalmente o poder de compra da população. Com a cotação se aproximando dos R$ 6,00, produtos essenciais como combustíveis, alimentos e eletroeletrônicos estão ficando mais caros. Nesta segunda-feira (3) a moeda sendo cotada a R$ 5,87.

Em Mato Grosso do Sul, a economia tem forte ligação com o agronegócio e o comércio, setores que sentem diretamente as oscilações do câmbio. Mas, mesmo quem não trabalha nessas áreas percebe os reflexos da alta do dólar no orçamento doméstico.

Por que o dólar está subindo? – O valor do dólar varia conforme a oferta e a demanda da moeda no mercado. Fatores como a instabilidade política e econômica no Brasil, decisões do Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve) e crises internacionais influenciam essa cotação.

Dólar perto dos R$ 6 encarece combustíveis, alimentos e produtos no Mato Grosso do Sul, afetando o custo de vida e o poder de compra da população.

Nos últimos meses, a moeda americana tem registrado sucessivas altas, ultrapassando a casa dos R$ 5,00. Entre os motivos, estão o aumento dos juros nos EUA, que faz com que investidores retirem dinheiro de países emergentes, como o Brasil, para aplicar em ativos considerados mais seguros. Além disso, incertezas sobre a economia brasileira também contribuem para a valorização do dólar.

Como isso afeta o bolso dos sul-mato-grossenses? – Mesmo quem nunca comprou um único dólar sente os impactos da alta da moeda. Isso acontece porque o Brasil importa diversos produtos cotados em dólar ou que dependem de insumos estrangeiros para serem fabricados. Veja alguns dos principais setores afetados:

1. Combustíveis

A gasolina e o diesel são diretamente influenciados pelo preço do barril de petróleo, que é cotado em dólar. Como resultado, os combustíveis ficam mais caros, aumentando os custos do transporte e, consequentemente, dos produtos que chegam até os consumidores.

2. Alimentos

Muitos alimentos consumidos no Brasil são exportados para outros países, como carne, soja e milho. Com o dólar em alta, os produtores preferem vender para o exterior, onde conseguem preços melhores, o que reduz a oferta no mercado interno e encarece os produtos. Além disso, insumos agrícolas, como fertilizantes e defensivos, são importados, tornando a produção mais cara.

3. Eletroeletrônicos e eletrodomésticos

Aparelhos como celulares, televisores e computadores dependem de componentes importados. Quando o dólar sobe, o custo de produção aumenta, refletindo nos preços para o consumidor final.

4. Passagens aéreas e turismo internacional

Quem pensa em viajar para o exterior sente o impacto direto da valorização do dólar. Passagens aéreas, hospedagens e até mesmo compras em outros países ficam mais caras, reduzindo o poder de compra dos brasileiros fora do país.

5. Medicamentos

Muitos remédios e equipamentos médicos utilizam insumos importados. Com o dólar alto, os custos para as farmácias e hospitais aumentam, impactando o preço final dos produtos e serviços de saúde.

O mercado financeiro prevê que o dólar continue acima dos R$ 5,50 nos próximos meses, podendo atingir os R$ 6,00 se o cenário externo permanecer desfavorável e o governo brasileiro não apresentar medidas concretas para equilibrar as contas públicas.

O economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawall, alerta que a moeda americana pode seguir pressionada até o fim do ano. “Enquanto não houver uma sinalização clara de controle fiscal e melhora na credibilidade do país, o câmbio continuará volátil”, disse ao portal Infomoney.

Fonte/créditos: https://www.acritica.net/editorias/economia/elevacao-do-dolar-pesa-no-bolso-dos-sul-mato-grossenses-e-encarece/795127/ (Por: Carlos Guilherme/Foto: Tânia Rego)

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