Empresa de celulose de MS bate recorde de produção e fabrica em 10 anos volume equivalente a 11 de operação

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A Eldorado é uma das unidades que fazem parte do cluster da celulose no estado.

A empresa de celulose Eldorado Brasil, em Três Lagoas, leste de Mato Grosso do Sul, bateu um recorde de produção. Acumulou em 10 anos de atividade (completados em 12 de dezembro deste ano), um volume fabricado, 16,5 milhões de toneladas, equivalente a 11 anos de operação.

A planta é uma das unidades que fazem parte do cluster da celulose no estado. A unidade é considerada uma das mais modernas e eficientes do setor, tanto que projetada para produzir 1,5 milhão de toneladas por ano, opera 20% acima de sua capacidade e deve fechar 2022, com 1,8 milhão de toneladas.

“Essa marca só foi possível porque temos um pessoal diferenciado, funcionários e colaboradores que estão sempre buscando melhorar todos os dias”, explica Carlos Monteiro, diretor industrial da Eldorado Brasil.

“Nossa eficiência gira em torno de 96%, um modelo para o setor, mas, desde o início de nossa operação, temos a determinação e o compromisso de superação e, ano após ano, evoluímos nossa capacidade produtiva. Hoje conseguimos esse feito inédito no Brasil e no mundo, graças ao nível de atuação dos profissionais da Eldorado”, ressaltou.

Empresa de fábrica de celulose, Eldorado Brasil — Foto: Silas Ismael/Divulgação
Empresa de fábrica de celulose, Eldorado Brasil — Foto: Silas Ismael/Divulgação

Entre os diferenciais da empresa no setor, o diretor ressalta a preservação dos equipamentos e da planta, desde sua concepção, o que muito contribuiu para essa produtividade acima da média. O ciclo de eficiência da companhia evoluiu em tecnologia e, atualmente, com uso de inteligência artificial e equipamentos autônomos, consegue prever revisões de maquinários e reduzir uso de matéria-prima e químicos, resultando em menos custo para a produção de cada tonelada de celulose.

A companhia tem 376 mil hectares em Mato Grosso do Sul, sendo 260 mil dedicados à produção de celulose e 116 mil de áreas de preservação. Dos mais de 5,3 mil funcionários e colaboradores da Eldorado, cerca de 3,6 mil estão envolvidos nas etapas que vão do viveiro ao pátio de madeiras.

Cogeração

Autossuficiente na questão energética, com a produção para o consumo próprio e exportação para o Sistema Interligado Nacional (SIN) de bioeletricidade produzida a partir do resíduo líquido do processamento de celulose (licor negro), a empresa investiu ainda mais na geração.

Usina termoelétrica Onça Pintada, da Eldorado, em Três Lagoas — Foto: Anderson Viegas/g1 MS
Usina termoelétrica Onça Pintada, da Eldorado, em Três Lagoas — Foto: Anderson Viegas/g1 MS

Em 2021 entrou em operação a usina termoelétrica Onça Pintada. A estrutura foi construída no mesmo site da indústria e usa os tocos que sobravam no campo, após o corte das árvores, além de resíduos sólidos da produção para produzir energia. Dessa força utiliza 100% da matéria-prima (florestas plantadas) que produz.

A empresa investiu R$ 400 milhões na usina, com capacidade instalada para gerar, 50 MW, volume suficiente para atender uma cidade com 700 mil habitantes. A unidade funcionava sob demanda do operador nacional e no ano passado produziu 240.988 mil MWh, gerando uma receita de R$ 76 milhões a companhia.

Estrutura

A companhia também investe para melhorar sua estrutura de escoamento da produção. No ano passado começou a construir um novo terminal no porto de Santos. Com investimento de R$ 500 milhões a estrutura de 50 mil metros quadrados poderá operar simultaneamente no recebimento de cargas dos modais rodoviário e ferroviário, possibilitando triplicar a capacidade de despacho da empresa, que poderá chegar a 4,2 milhões de toneladas.

Com início das atividades previsto para meados de 2023, o terminal será responsável pela exportação de 90% da celulose produzida pela empresa em Três Lagoas para mais de 40 países.

Fonte/créditos: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia

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