Sem shows, Expogrande começa nesta quinta-feira no Parque de Exposições

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Sem aval para realização de shows musicais, a Exposição Agropecuária e Industrial de Campo Grande (Expogrande) 2022 começa na quinta-feira (21), em Campo Grande.

O evento será realizado até o dia 31 de julho, no Parque de Exposições Laucídio Coelho.

Tradicionalmente realizada entre março e abril, neste ano o evento foi adiado devido a interdição do Parque de Exposições.

A Acrissul tentou liminar na Justiça, pedindo que que fosse anulada cláusula de acordo firmado com o Ministério Público Estadual (MPMS), que previa a elaboração, execução e aprovação de um Projeto Acústico no Parque de Exposições.

Com a liminar negada, o parque permaneceu interditado para realização de shows e eventos que causem poluição sonorae a Acrissul decidiu por fazer a feira agropecuária separada dos eventos musicais.

Em abril deste ano, os shows que levaram o nome do evento foram realizados no estacionamento do Shopping dos Ipês, enquanto a exposição será neste mês.

Desta forma, durante 10 dias haverá apenas a exposição e atividades ligadas a área rural, como os tradicionais leilões, exposição de animais e tecnologias para o setor agropecuário.

Conforme a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), a abertura oficial será a partir das 19h, no tatersal de ellite 1 – Fábio Elias Zahran.

Durante a solenidade de abertura, haverá entrega de títulos de sócio benemérito ao governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB); a ex-ministra da Agricultura e pré-candidata ao Senado, Tereza Cristina, ao ex-presidente da Famasul e pré-candidato ao governo do Estado, Eduardo Riedel.

Também receberão os títulos alguns produtores rurais.

A programação da Expogrande conta também com a realização de avaliação de bovinos de várias raças, na pista de julgamentos do parques.

Além dos bovinos, haverá exposição de ovinos.

Segundo o presidente da Acrissul, Jonatan Pereira Barbosa, a Expogrande não foi realizada durante três anos, 2019, 2020 e 2021, sendo os últimos dois devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

“Agora estamos retomando os eventos dentro das possibilidades e limites que o parque de exposições comporta, mas temos certeza que será possível promover uma feira à altura da importância que a pecuária tem para Mato Grosso do Sul”, disse.

Sem a permissão de grandes shows, a parte social do evento terá a realização do tradicional Baile do Fazendeiro, no dia 30 de julho.

Interdição

Em fevereiro deste ano, o Ministério Público Estadual pediu a interdição do parque de exposições alegando que a Acrissul não conseguiu cumprir os termos do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2011.

Entre os itens acordados, estava a elaboração, execução e aprovação de um Projeto Acústico, mas a Acrissul não fez as adequações, o que levou o parque a ser interditado.

Na Justiça, a Acrissul pediu a nulidade do acordo firmado quando à exigência da execução de projeto acústico, permitindo assim a realização de shows e eventos musicais mediante apresentação das licenças e alvarás exigidos.

A alegação da Acrissul foi de que todos as demais cláusulas acordadas foram cumpridas, mas o projeto acústico “se tornou inexequível”.

Ainda segundo a associação, várias obras e estudos foram realizados e, em parecer técnico, chegou-se à conclusão de que seria necessário construir um muro de 20 metros de altura com cerca de 300 metros de comprimento cercando toda a área de montagem do evento para diminuição do ruído gerado.

Na decisão, o juiz afirma que, ao contrário do que sustenta a Acrissul, relatório técnico apresentado para sustentar a tese de inexequibilidade do projeto acústico não aponta que a obra é impossível de ser executada, apenas difícil.

“Por fim, ainda que se cogitasse da probabilidade do direito alegado, não seria o caso de concessão da tutela de urgência, pois não se revela na hipótese o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo tendo em conta que, como é de conhecimento geral, a requerente realiza os shows da “Expogrande” em local diverso, não havendo, portanto, que se falar em ‘prejuízos inestimáveis'”, diz a decisão.

Fonte/créditos: https://correiodoestado.com.br (GLAUCEA VACCARI)

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