Setor de bioenergia é ‘portador do futuro’ dentro das políticas de transição energética do Governo de MS

Brasil Destaques Econômia Meio Ambiente

Mato Grosso do Sul se consolida como um dos protagonistas nacionais na produção de bioenergia. Atualmente, o Estado ocupa a quarta posição no ranking nacional de produção de etanol, é o quinto maior produtor de açúcar e o segundo na produção de etanol de milho. O desempenho coloca o setor como um dos pilares estratégicos do desenvolvimento econômico sul-mato-grossense.

Durante participação na 25ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), destacou que o setor de bioenergia é considerado “portador de futuro” dentro do planejamento de longo prazo do Governo do Estado.

“Nós nunca pensamos o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul apenas dentro de um mandato. A bioenergia é um dos setores que elegemos como prioridade, pela capacidade de gerar resultados sustentáveis e de longo prazo. Esse é um setor que nos coloca na pauta mundial quando se fala em transição energética e segurança alimentar”, afirmou Verruck.

Com 22 usinas em operação, sendo três de etanol de milho e três novas plantas em implantação, o Estado mantém diálogo permanente com o setor produtivo, por meio da Semadesc e da Biosul, para garantir um ambiente de negócios competitivo e sustentável.

Entre as ações estruturantes, o Governo do Estado tem investido em infraestrutura logística, ampliando o acesso das indústrias às rodovias. “Estamos apoiando o asfaltamento dos acessos de todas as usinas. Só neste fim de semana inauguramos R$ 30 milhões em obras de pavimentação. Essas melhorias facilitam o escoamento da produção, o transporte de trabalhadores e fortalecem as exportações de açúcar e etanol”, pontuou o secretário.

Compromisso com o carbono neutro

Verruck também reforçou o compromisso de Mato Grosso do Sul com a meta de se tornar território carbono neutro até 2030, estabelecida em 2017. No setor sucroenergético, o Estado já possui uma plataforma própria de monitoramento de emissões e remoções de gases de efeito estufa, chamada Carbon Control.

Segundo o secretário, as usinas de etanol de milho emitiram 1,3 milhão de toneladas de CO₂ equivalentes na última safra e removeram 2,6 milhões, alcançando um saldo positivo de 1,3 milhão de toneladas. “Esses resultados mostram o compromisso do setor com a sustentabilidade, além das metas do RenovaBio. Estamos muito próximos de consolidar a metodologia que tornará o etanol e o açúcar produzidos em Mato Grosso do Sul totalmente carbono neutros”, destacou.

Investimentos

Mato Grosso do Sul também atrai novos investimentos em biometano, que já somam R$ 1 bilhão. Para estimular o avanço do setor, o Governo reduziu a carga tributária sobre o biometano e o IPVA de veículos movidos por esse combustível.

Além disso, a Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul já realizou leilões para compra de biometano, com o objetivo de inserir o biocombustível na rede de gás natural e descarbonizar o consumo de energia.

“O biometano deve cumprir para o gás natural o mesmo papel que o etanol cumpriu para a gasolina. Essa é a nossa estratégia de descarbonização e de fortalecimento da matriz energética limpa”, afirmou Verruck.

Segundo o secretário, o momento é de consolidação, mas também de atenção a três frentes estratégicas: transição logística, energética e tributária. Ele ressaltou a necessidade de investimentos em ciência, tecnologia e inovação, com apoio de instituições como BNDES e Finep, e alertou para os impactos da reforma tributária sobre os estados do Centro-Oeste.

“Estamos realizando estudos setoriais para entender como as novas alíquotas vão impactar nossa competitividade. É essencial garantir que a reforma não reduza a capacidade dos estados de apoiar setores estratégicos como o da bioenergia”, explicou.

Com uma política integrada que une sustentabilidade, inovação e competitividade, Mato Grosso do Sul reafirma sua posição como referência nacional em bioenergia e transição energética, promovendo desenvolvimento econômico aliado à responsabilidade ambiental.

Fonte/créditos: https://agenciadenoticias.ms.gov.br/setor-de-bioenergia-e-portador-do-futuro-dentro-das-politicas-de-transicao-energetica-do-governo-de-ms/ (Por: Rosana Siqueira, Comunicação Semadesc / Foto de capa: Álvaro Rezende/Secom/Arquivo)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *